A
quarta e última versão do Manual de Diagnóstico e Estatísticas das Perturbações
Mentais caracteriza Transtornos Globais do Desenvolvimento como: prejuízo
severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento: habilidades de
interação social recíproca, habilidades de comunicação, ou presença de
comportamento, interesses e atividades estereotipados. Os prejuízos
qualitativos que definem essas condições representam um desvio acentuado em
relação ao nível de desenvolvimento ou idade mental do indivíduo.
São
eles: transtorno autista, síndrome de rett, transtorno desintegrativo da
infância, síndrome de asperger e transtornos globais do desenvolvimento.
A
palavra autismo vem do grego “autos” que significa “eu próprio”, referindo-se a
alguém retraído Eugen Blener, ao usar a primeira vez o termo o descreveu como
estado de desligamento da realidade acompanhado de uma predominância da vida
interior, condicionado a dificuldade de se comunicar. No entanto é impossível
falar de autismo sem citar Kanner, pois foi ele quem a descreveu e diferenciou
das outras psicoses da vida adulta. Em seus estudos ele observou 11 crianças,
destacando três características fundamentais: isolamento, imutabilidade e falta
de comunicação. Segundo o DSM IV a principal característica do autismo é o
prejuízo da criança em seu desenvolvimento no que se refere a integração
social, principalmente na área da comunicação, aquisição da linguagem e estruturação
de jogos simbólicos e imaginativos. Conforme o CID-10 o autismo pode ser
classificado em duas categorias distintas: o autismo infantil, que possui
características iguais as citadas acima, no DSM IV, e o autismo atípico, que
ocorre geralmente em crianças que apresentam uma deficiência mental profunda ou
um transtorno grave do desenvolvimento de linguagem.
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